domingo, 30 de setembro de 2012

Porque a música é um estilo de vida!

Sim, o título é uma afirmação.

A música não é apenas escolher os acordes/notas, ter técnicas vocais para cantar ou como desinformados dizem, “só barulho”. Já ouvi também pronunciarem que a música não está nos estilos das roupas. Claro que não, um musicologista não tem como usar as roupas de todos os estilos de uma só vez. Mas também, escolher um estilo é algo íntimo, algo com que você se identifica, algo que represente seus desejos e sua identidade.

A música pode representar a vida real ou a fantasia. Momentos de alegria ou tristeza. Todas as pessoas mudam seu estado de espirito e ouvem o que mais lhe agrada. Quando David Bowie resolveu criar o Ziggy Stardust, era uma fantasia com o proposito de nos fazer refletir. O blues começou com as Worksongs (canções de trabalho), onde os negros cantavam para aguentar as longas jornadas diárias de trabalho. Eram  canções sobre amor, traição, vida rural, entre outros temas = realidade. Até que o estilo foi crescendo até se mudar para Chicago, onde se fundiu com a guitarra elétrica e que fez logo depois surgir o Rock n’ Roll.

O Rock... O estilo que viria a liberar as essências mais profundas e escondidas das pessoas. O estilo que seria o modo de expressar as indignações. Com temas sobre a insatisfação sobre o sistema cultural, educacional e político, o rock era o difusor das ideias que os jovens precisavam para liberar toda essa vontade aprisionada de revolução.


“...a vibração negra, sua voz grave e rouca, sua sexualidade transparente e seu som pesado agora alimentado pela guitarra elétrica, tudo isso parecia bem mais atrativo a milhões de jovens, inicialmente americanos mas logo por todo o mundo, que pareciam procurar seu próprio estilo de vida. (Chacon, 1985, p. 25)”

“O rock’n’roll, afinal, surgiu na América como um movimento da contracultura, visto que suas primeiras manifestações eram contrárias aos valores até então veiculados: “(...) figuravam convites à dança e ao amor (não necessariamente ao casamento), descrições de carros e de garotas, histórias de colégio e dramas da adolescência...”(Mugiati, 1985, p. 19-20)”

Além de todas as emoções que os instrumentos nos passam, as composições permitem que possamos escuta-las e pensar: “eu passo por isso” e descobrir uma solução para o que se é almejado.

O rock é muito mais do que um tipo de música: ele se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento. O rock é e ´se define´ pelo seu público. Que, por não ser uniforme, por variar individual e coletivamente, exige do rock a mesma polimorfia (...)Mais polimorfo ainda porque seu mercado básico, o jovem, é dominado pelo sentimento da busca que dificulta o alcance ao porto da definição ( e da estagnação...) (Chacon, 1985, p. 18-19)

Falar sobre estilo de vida, sobre as inspirações, é algo que incomoda os que se preocupam com alguém que escolhe um caminho ou os que se acham na obrigação de seguir modelos da humanidade. Sobre a questão das drogas e do álcool, esse foi um detalhe que marcou a vida dos artistas de alguns gêneros musicais. Alguns morreram por conta de overdoses, acidentes, entre outros. Mas afinal, tudo começou ali e muitos naquela época poderiam não ter conhecimento das consequências. Mas nós que temos informações, temos também consciência para saber o que devemos ou não fazer e se tomarmos como exemplo alguns desses artistas, poderemos ter o mesmo fim que eles. Então, a música influencia até um certo ponto.



Então, em qual estilo de vida vocês se encontram? Blues, Soul, Rock, Folk, Pop, Grunge, Punk, Hippie...?


Lily.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...