sábado, 20 de outubro de 2012

1960 – O ano dos protestos

Depois de surgir o Rock n’ Roll de Elvis Presley, que utilizava elementos do Blues, R&B e Country, uma nova forma de música vinha surgindo nos anos 60. Era uma música mais leve, porém, com letras sobre indignação, o Folk Song.
Este, era representado por Bob Dylan, que seria um dos porta-vozes da sociedade jovem dos Estados Unidos.
O final de 1950 foi marcado pelo fim da Segunda Guerra Mundial, mas apesar de ela ter acabado, os jovens ainda a condenavam.



Acredito que as vezes as canções de Folk possam não ter uma complexidade na parte instrumental porque o essencial seriam as mensagens que as músicas passam.

Nasce o movimento hippie com o slogan de paz e amor. O pacifismo e o amor livre eram uns dos pontos principais desse movimento. Essa seria a liberdade que tantos adolescentes buscavam, mas que era oprimida pelo governo e pela guerra, por isso o nome de contracultura. As pessoas não estavam acostumadas a ver jovens usando drogas, bebendo, dançando e fazendo loucuras, como experiências amorosas ao ar livre como acontecia nos festivais.
Os protestos por meio da música continuavam também na Inglaterra. As imagens da 2ª guerra mundial ainda estavam na cabeça das pessoas mesmo com tantas canções sobre diversão, insinuações ao sexo ou músicas românticas. Para extravasar essas imagens, bandas como The Beatles, Rolling Stones e The Who cantavam como meio de expressar as consequências ou até mesmo alertar, informar a população sobre o que eles viviam.


The Beatles – Revolution (1968)
"Você diz que quer revolução, todos nós queremos mudar o mundo. Você diz que tem a solução real, adoraríamos ver o plano. Você me pede uma contribuição, nós fazemos o que se pode. Mas se você quer dinheiro para pessoas com mentalidade de ódio, tudo que eu digo é que você irá esperar."


Os Stones também se engajaram em compor com temas políticos. Uma música politizada tornou-se hino dos revolucionários e é censurada pela polícia de Chicago:

The Rolling Stones – Street Fighting Man (1968)
“Por toda parte ouço o som de pés marchando, atacando, boy / O verão chegou e a hora é de lutar nas ruas, boy’. (...) Mas que pode um garoto pobre fazer / Exceto cantar num grupo de rock’n’roll? / Pois na sonolenta cidade de Londres, não há lugar para um homem de briga-de-rua.”


The Who

A banda criadora da opera-rock, onde os álbuns contam uma história completa. É o que acontece no álbum Tommy (1969), que narra a biografia fictícia de Tommy Walker, um garoto que teve seu pai perdido na I Guerra Mundial. Uma das músicas descrevem que Tommy nasceu cego, surdo e mudo – imagem alusiva à repressão social dos indivíduos. Os pais do garoto o levam a médicos e até a milagreiros, até que um dia ele passa por uma experiência psicodélica e tem seus sentidos liberados.



Esse é um dos motivos pelo qual essas bandas, além de muitas outras dos anos 60/70/80 não são esquecidas.


Lily.

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