Aqui está uma banda que mostra que a música não é limitada ás características de sua região. Trazendo mais qualidade para o cenário musical independente do Nordeste, mais precisamente de Salvador – Bahia, a Gepetto nos traz um rock autêntico. Está sendo surpreendente o modo como essas bandas independentes vêm se tornando cada vez mais profissionais na questão som e trabalho contando apenas com o apoio dos fãs e amigos. Quer encontrar uma canção onde você pense que não é “apenas mais uma canção na sua playlist”? Minha recomendação é para que você escute: Ela Diz.
“A proposta da banda sempre foi fazer um som, acima de tudo, sincero, com letras e melodias que buscam ilustrar a condição humana, as relações, os sentimentos e experiências. Dentro desse universo melancólico e passeando por influências musicais como Muse, Radiohead e Los Hermanos, a Gepetto procura expressar, através da sua sonoridade, a complexidade do ser em sua diversidade de sensações e sentimentos.”
A banda conta com os seguintes integrantes:
Carlos Eduardo Faria - Composições; Voz e Guitarra
Davi Mignac - Teclado e Sintetizadores
Alan Emanuel - Bateria
Arthur Presta – Contrabaixo
Davi Mignac - Teclado e Sintetizadores
Alan Emanuel - Bateria
Arthur Presta – Contrabaixo
Em julho de 2012, a Gepetto foi um dos dezessete artistas selecionados, dentre 40 artistas locais da cidade
de Salvador, para a "rodada de negócios" do Encounters, evento do Brasil Music Exchange que tem como objetivo promover a carreira de músicos brasileiros no exterior. O evento contou com renomados nomes do setor musical do Reino Unido, como Crispim Perry (presidente da British Undergroun), Wozzy Brewster (fundadora da Midi Music Company, entre outros.
de Salvador, para a "rodada de negócios" do Encounters, evento do Brasil Music Exchange que tem como objetivo promover a carreira de músicos brasileiros no exterior. O evento contou com renomados nomes do setor musical do Reino Unido, como Crispim Perry (presidente da British Undergroun), Wozzy Brewster (fundadora da Midi Music Company, entre outros.
Entrei em contato com a banda para que pudéssemos ter mais acesso a algumas informações como a proposta da banda, planos para o futuro e como é ser uma banda independente em uma região onde o Rock vive escondido.
Como é ser uma banda independente, o que já é difícil, em um estado onde o Rock não é o estilo predominante?
É um desafio grande, ainda mais para o nosso conceito de som intimista e melancólico que parece confrontar com a própria atmosfera da cidade em que vivemos, onde reina o sol e a folia. Acho que o Rock Baiano, embora não seja o estilo predominante, sempre foi um celeiro de talentos, alguns reconhecidos nacionalmente, como por exemplo, Raul Seixas, Vivendo do Ócio e Pitty. Sabemos que o caminho é difícil, mas isso já é motivação suficiente para acreditar sempre no trabalho e na proposta da banda.
Vocês têm escutado bandas que também tem seu trabalho desse modo? O que acham do fato de esse número estar crescendo?
Aqui na Bahia e na cidade de Salvador, existe um número grande de bandas autorais independentes que correm atrás e se esforçam para divulgar os seus trabalhos, cada uma da sua maneira e com seu estilo musical próprio. Isso torna o cenário dinâmico e favorece o próprio público da cidade que tem maiores opções de eventos, festivais e bandas para curtir variados estilos de Rock. Até para as bandas, isso é interessante, porque mostra que você não está sozinho nessa empreitada.
Falando pela Gepetto, somos uma banda completamente independente, porque queremos ter a liberdade de produzir nosso próprio material de áudio e vídeo, seguindo nossa filosofia, nosso estilo e nossa proposta de banda.
Descrever um pouco do cotidiano e das experiências humanas. Por que esse tema de uma maneira tão melancólica nas composições? Vocês se sentem mais confortáveis com a realidade do que em um mundo de sonhos, por exemplo?
As letras e melodias das nossas canções tem um viés melancólico e pessoal que tentam comunicar, sem compromisso, os sentimentos diversos que envolvem a vida, baseando-se nos relacionamentos, na convivência, ou simplesmente, na solidão. Falamos do que você está sentindo ou do que todos nós pelo menos em algum momento já sentiu. Gostamos de usar nossas próprias experiências de vida e os nossos sentimentos, e através das composições, fazer o nosso público refletir sobre as experiências que cada um em particular vive ou já viveu. Nossas músicas são sobre você.
Acreditamos que quando abordamos experiências reais e cotidianas, é possível entrar no campo do autoconhecimento, da reflexão e do entendimento íntimo, possibilitando o aprendizado sobre si mesmo e com a própria vida.
Poderiam dizer um pouco para os leitores qual são os planos para o futuro da banda?
O grande objetivo da banda nesse ano é gravar nosso álbum de estreia. Queremos fazer da melhor forma possível e encarar isso como se fosse o trabalho das nossas vidas. O que posso já ir adiantando é o que o nome do álbum será “Eros-Anteros”, que traz a proposta e o conceito épico da mitologia grega, baseando-se no amor e no ódio em sua convivência inseparável e incontestável.
Você pode escutar e conhecer mais sobre a banda visitando os links a seguir:
Gepetto - Tentação
Lily.
