terça-feira, 27 de agosto de 2013

Punk sem entorpecentes

De um lado o Punk Rock cheio de agressividade, anarquistas, ideias politicas, niilistas e revolucionárias. Temas como problemas sociais, drogas ou até diversão e sexo. E homens. Muitas bandas de homens.


Do outro lado um punk feminino e até um pouco contraditório. Vocês já escutaram os termos Riot grrrl e Straight edge? É o outro modo de cultura que usa a música Punk Rock e Hardcore Punk para divulgar seus ideais e ideias consideradas, como podemos dizer... “mais corretas”.

Vamos de uma maneira rápida para o inicio da história para entender melhor:

Em meados dos anos 90, nos EUA, Alison Wolfe, do Bratmobile, resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot Grrrl, onde se rebelava afirmando o seguinte: “Garotas não sabem tocar guitarra, bateria, ou baixo tão bem quantos os homens”. Devido a essa postura, várias garotas sentiam-se desencorajadas a tomar frente de uma guitarra ou qualquer outro instrumento. As Riot grrrls, um novo grupo de mulheres parte movimento que surgia, não faziam questão de se mostrarem bonitinhas, meigas, ou bem comportadas. Como fossem vetadas pelo fato de serem mulheres, raspavam as cabeças, usavam roupas masculinas e, às vezes, até como protesto, se envolviam com outras mulheres, mostrando a eles, os homens, de que eram tão capazes ou "até mais" do que eles. O movimento Riot foi popularizado por bandas de garotas como Bikini Kill e Tribe 8, que reverenciaram antecessoras roqueiras de visual e verbos agressivos: a poetisa Patti Smith e o humor cínico de Deborah Harry.

As Riot Girls abrangem outros assuntos além do feminismo, como a banda Suffragettes, que defendem além do feminismo, também o vegetarianismo, a filosofia straight-edge, a preservação ambiental, dentre outros assuntos, cada vez mais crescentes nas cenas undergrounds.

Straight edge é um modo de vida que defende a total e perene abstinência em relação a entorpecentes (tabaco, álcool e as chamadas drogas ilícitas). Os "straight-edgers" não se identificam com uma visão de mundo particular sobre temas sociais ou políticos, embora muitos deles defendam posições como o anarquismo, vegetarianismo, veganismo (contra abuso e exploração de animais), sustentabilidade e movimentos ecológicos.

A ideia surgiu com o início da cultura punk, entre jovens de culturas distintas que simplesmente não viam sentido em fazer o uso de drogas ou de bebidas alcoólicas para se divertir.

Bikini Kill - Rebel Girl


Existem inúmeras razões pelas quais alguém pode escolher se tornar um straight edge. A ideia dominante entre os que se identificam com o movimento é a de que a consensualização e generalização atual do uso de substâncias alteradoras do humor contribui para a anestesia política e contenção da contestação. Alguns membros também defendem que desta forma estão protegendo sua saúde física e mental. Quem adota esta postura procura geralmente uma forma de resistir, através da contracultura, à pressão social que incentiva a alienação pelo consumo de substâncias entorpecentes. Sobre religião, cada um escolhe a que melhor se enquadra ou que acredita ser a melhor para sua vida.

E então, qual lado vocês apoiam?

Lily.

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