De um lado o Punk Rock cheio de
agressividade, anarquistas, ideias politicas, niilistas e revolucionárias.
Temas como problemas sociais, drogas ou até diversão e sexo. E homens. Muitas
bandas de homens.
Do outro lado um punk feminino e
até um pouco contraditório. Vocês já escutaram os termos Riot grrrl e Straight
edge? É o outro modo de cultura que usa a música Punk Rock e Hardcore Punk para
divulgar seus ideais e ideias consideradas, como podemos dizer... “mais
corretas”.
Vamos de uma maneira rápida para
o inicio da história para entender melhor:
Em meados dos anos 90, nos EUA, Alison
Wolfe, do Bratmobile, resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot
Grrrl, onde se rebelava afirmando o seguinte: “Garotas não sabem tocar
guitarra, bateria, ou baixo tão bem quantos os homens”. Devido a essa postura,
várias garotas sentiam-se desencorajadas a tomar frente de uma guitarra ou
qualquer outro instrumento. As Riot grrrls, um novo grupo de mulheres parte movimento que surgia, não faziam questão de se mostrarem bonitinhas,
meigas, ou bem comportadas. Como fossem vetadas pelo fato de serem mulheres,
raspavam as cabeças, usavam roupas masculinas e, às vezes, até como protesto,
se envolviam com outras mulheres, mostrando a eles, os homens, de que eram tão
capazes ou "até mais" do que eles. O movimento Riot foi popularizado
por bandas de garotas como Bikini Kill e Tribe 8, que reverenciaram
antecessoras roqueiras de visual e verbos agressivos: a poetisa Patti Smith e o
humor cínico de Deborah Harry.
As Riot Girls abrangem outros
assuntos além do feminismo, como a banda Suffragettes, que defendem além do
feminismo, também o vegetarianismo, a filosofia straight-edge, a preservação
ambiental, dentre outros assuntos, cada vez mais crescentes nas cenas
undergrounds.
Straight edge é um modo de vida
que defende a total e perene abstinência em relação a entorpecentes (tabaco,
álcool e as chamadas drogas ilícitas). Os "straight-edgers" não se
identificam com uma visão de mundo particular sobre temas sociais ou políticos,
embora muitos deles defendam posições como o anarquismo, vegetarianismo,
veganismo (contra abuso e exploração de animais), sustentabilidade e movimentos
ecológicos.
A ideia surgiu com o início da
cultura punk, entre jovens de culturas distintas que simplesmente não viam
sentido em fazer o uso de drogas ou de bebidas alcoólicas para se divertir.
Bikini Kill - Rebel Girl
Existem inúmeras razões pelas
quais alguém pode escolher se tornar um straight edge. A ideia dominante entre
os que se identificam com o movimento é a de que a consensualização e
generalização atual do uso de substâncias alteradoras do humor contribui para a
anestesia política e contenção da contestação. Alguns membros também defendem
que desta forma estão protegendo sua saúde física e mental. Quem adota esta
postura procura geralmente uma forma de resistir, através da contracultura, à
pressão social que incentiva a alienação pelo consumo de substâncias
entorpecentes. Sobre religião, cada um escolhe a que melhor se enquadra ou que
acredita ser a melhor para sua vida.
E então, qual lado vocês apoiam?
Lily.